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Casal elétrico

20/07/2024 - 10:16

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Divulgação
Gilberto Gonçalves e Cristina Gonçalves, prefeito e vice-prefeita
Gilberto Gonçalves e Cristina Gonçalves, prefeito e vice-prefeita

O prefeito de Rio Largo e sua esposa Maria Cristina Cordeiro, que é vice-prefeita, foram denunciados pela Eletrobras em 2016 por furto de energia elétrica em duas residências do casal. A primeira-dama foi condenada a 2 anos de prisão, cuja pena foi convertida em serviço comunitário e multa de 20 salários mínimos. 

Para escapar da ação penal, o prefeito Gilberto Gonçalves luta com todas as armas e ajuizou um mandado de segurança e um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça, alegando ter foro especial e não poder ser julgado em primeira instância. Mas o foro por prerrogativa de função não vale para crimes comuns, como furto de energia. 

Ao julgar o mandado de segurança, o relator do processo desembargador Ivan Vasconcelos Brito acatou o pedido do réu e suspendeu o processo originário que tramita na 3ª Vara Criminal de Rio Largo, no que foi acompanhado pelos demais membros do TJ. 

A decisão final do tribunal ocorrerá após o voto do juiz convocado Alberto Jorge, relator do habeas corpus, que certamente votará contra a pretensão de GG de escapar do julgamento na 3ª Vara Criminal de Rio Largo, onde a esposa foi condenada pelo mesmo crime. Alberto Jorge é um dos poucos magistrados independentes e suas decisões têm funcionado como rochedo moral contra sentenças arbitrárias, injustas e viciadas. 

Mas, seja qual for a decisão do TJ, o casal elétrico de Rio Largo caminha para garantir um terceiro mandato consecutivo no comando do município através da candidatura do pau-mandado Carlos Gonçalves, sobrinho da vice-prefeita, que não é Gonçalves, mas se vende como sobrinho de GG para herdar os votos do prefeito. Até quando Rio Largo vai manter-se na escuridão?


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